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Patos, Paraíba, Brazil
A Juventude Missionária se dá a conhecer como um grupo voluntário com uma proposta de evangelização a serviço da Igreja Católica. Não é um movimento nem uma pastoral; é um grupo de jovens missionários ligados à POM (Pontifícias Obras Missionárias). Nosso objetivo principal é unir-nos ao mandado de Jesus Cristo: "Ide pelo mundo e pregai o evangelho!" (Mc 16, 15). Nosso trabalho se realiza, basicamente, através da organização de Missões de evangelização rurais e urbanas e outras atividades de formação, defesa da fé e promoção das devoções e tradições populares. A JM busca despertar na juventude de hoje o desejo e a consciência da necessidade de ser um orientador aos irmãos na fé, de ser transmissor da mensagem de Cristo, de fundamentar sua fé e sua confiança na doutrina da Igreja e de ser um jovem reflexivo, com rica vida de oração. Trata-se de uma grande oportunidade para jovens que desejam fazer algo a mais pela Igreja e trabalhar a serviço dos mais necessitados. Jovens que queiram vivenciar este carisma devem ter idade entre 15 e 30.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

Carta da Juventude Missionária do Brasil a todos os discípulos missionários



Juventude Missionária, oportuna e necessária!

Ide, portanto, e fazei que todas as nações se tornem discípulos, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinando-as a observar tudo o quanto vos ordenei. E eis que estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos (Mt 28, 19-20).


Saudações a todos os discípulos missionários!

Estivemos reunidos na XI Assembleia Nacional da Pontifícia Obra da Propagação da Fé, com a atividade da Juventude Missionária, de 18 a 20 de novembro, na sede das POM, com o tema “Jovens, ide pelo mundo com alegria e coragem” e lema “Sereis minhas testemunhas” (At 1,8). A Juventude Missionária participa da missão de Deus como cristãos batizados inseridos em seu contexto e, na assembleia com os coordenadores estaduais, reafirma o seu carisma local e universal junto às Pontifícias Obras Missionárias, em comunhão com toda a Igreja do Brasil com o planejamento do triênio 2023-2025.


Conscientes da realidade do país e, em especial, das adolescências e juventudes, faz-se necessário estar atentos aos medos e às dores, assim como os sonhos e as alegrias que as mudanças do mundo apresentam, em especial, no contexto pandêmico. Reafirmamos o compromisso do cuidado com a vida e com a casa comum, onde todos somos irmãos e irmãs.


O contexto pandêmico tem sido uma oportunidade de nos enxergarmos como cristãos e compreendermos que a nossa “vocação missionária tem a ver com nosso serviço aos outros” (FRANCISCO, CV, p. 146), que faz parte de toda a nossa vida e do carisma da Juventude Missionária e de todos os batizados, estabelecendo pontes que valorizem a humanidade e seu compromisso com a vida da Casa Comum. Continuamos abertos às novidades do Espírito, pois é ele que suscita a continuidade da missão de Deus, fazendo revitalizar as atividades da Juventude Missionária em nosso país. Assim a JM vive como um todo pois “a missão se realiza em conjunto e não individualmente, em comunhão com a comunidade eclesial e não por iniciativa própria” (Papa Francisco, mensagem para o Dia Mundial das Missões 2022).


Hoje, celebrando a abertura do Ano Vocacional, queremos estar também na unidade em despertar como Juventude Missionária que a vocação é graça e Missão, pois, nessa sintonia, o nosso coração arde como os dos discípulos de Emaús; não ficamos parados, mas nos colocamos sempre a caminho. Em comunhão com o Papa Francisco, nos comprometemos como Igreja em saída, em estado permanente de missão, que entende o encontro com o outro, com os mais frágeis, vulneráveis, os pobres no encontro samaritano com o próprio Jesus Cristo. Fortalecemos as igrejas locais que se encantam e as juventudes, concedendo apoio, aproximação e presença em suas vidas e iniciativas missionárias.


O Sínodo de 2023, que tem por tema “Por uma Igreja sinodal”, nos convoca a caminharmos juntos, como irmãos e irmãs, para anunciarmos o Evangelho de acordo com a missão que nos foi confiada. Convocamos a todos para que unirmos nossos corações, mãos e pés nesse itinerário de graça que nos foi confiado. Que seja habitado pelo Espírito! Tal qual o Sínodo, no próximo ano o Congresso Missionário Nacional, em seu tema, nos instiga a romper as barreiras geográficas, porém sem perder as raízes de nossa Igreja local e, em seguimento, o Congresso Americano Missionário, que nos chama como evangelizadores do Espírito além-fronteiras.


Contentes pelo processo que temos realizado nas dioceses de nosso país e desejosos que outras realidades encontrem pessoas e espaços para a ação missionária, nos comprometemos como testemunhas à luz de Pauline Jaricot, que sejamos feitos “para amar e agir”.


Fraterno abraço!

Jovens Missionários, sempre solidários!


Fonte: https://www.pom.org.br/

JM da Diocese de Patos (PB) renova compromisso e elege nova coordenação



No último dia 3 de Dezembro de 2022, a Juventude Missionária (JM) da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima (PNSF), Diocese de Patos (PB), encerrou de forma celebrativa as suas atividades no ano de 2022 e elegeu nova coordenação para 2023.



Durante a celebração os jovens missionários, através do gesto simbólico do recebimento da cruz missionária, renovaram seu compromisso, relembrando que seu carisma e amor é essencialmente dedicar a vida pela missão de Jesus e da sua Igreja, sempre se colocando a serviço do Evangelho e dos mais necessitados.


Na ocasião a Juventude Missionária também celebrou a escolha da nova coordenação do grupo para 2023, com a eleição dos jovens Luis Filho e Maria Rebeca para conduzir e liderar os trabalhos missionários do grupo em 2023.












quarta-feira, 30 de novembro de 2022

Juventude Missionária do Brasil realiza assembleia nacional em Brasília (DF)

Após um período sem encontros presenciais, as lideranças da Juventude Missionária de todo o Brasil voltam a se encontrar na sede das POM em Brasília para participar da XI Assembleia da Pontifícia Obra da Propagação da Fé. Entre os dias 18 e 20 de novembro, mais de 30 jovens de diversos Estados do País vão dedicar o seu tempo na avaliação e projeção dos próximos anos da JM no Brasil. Antes do encontro presencial, os jovens e assessores participaram de dois encontros virtuais em preparação à Assembleia.

Com o tema “Jovens, ide pelo mundo com alegria e coragem” e o lema “Sereis minhas testemunhas” (At 1,8), a Assembleia conta com a coordenação do secretário nacional da Propagação da Fé, Pe. Genilson Sousa, e dos jovens que formam o GT Nacional da Juventude Missionária. A assembleia tem a assessoria de Joaquim Alberto e Raquel Pulita, que acompanham o processo vivido pela JM nos últimos anos, colaborando com a reflexão das ações assumidas em nível nacional.

A Juventude Missionária vive um contexto de amadurecimento do planejamento da sua caminhada. Em sua história, neste ano de 2022, acontece a terceira assembleia em que se projeta um plano trienal. As outras assembleias foram realizadas em 2016 e em 2019. A manhã de sábado contou com a assessoria de Pe. Antônio Niemiec, secretário da Pontifícia União Missionária, que falou sobre os conceitos de missão.

Caminho de muitos desafios

Os jovens tem o desafio de pensar quais outras formas de evangelizar e fazer experiências missionárias que não eram conhecidas há três anos e que hoje são possibilidades de ação. Segundo Joaquim, nesta trajetória existem frutos muito significativos e a possibilidade de a Juventude Missionária projetar um trabalho inovador e transformador. “Destaco a sistematização de uma caminhada por meio de um planejamento e não somente de um calendário. Temos um marco referencial da Juventude Missionária e o estabelecimento de congressos nacionais, sendo o próximo previsto para acontecer em 2023. A construção principal desta Assembleia quer nos ajudar a dizer o que queremos para a JM nos próximos três anos, diante da conjuntura que temos hoje”, destacou o assessor.

Juciane Chianca, participante da coordenação estadual do Rio Grande do Norte, falou sobre suas expectativas para esse encontro. “Essa assembleia está sendo realizada em momento em que se pode considerar um período de recomeço. Ficamos muito tempo parados devido à pandemia e temos um recomeço em meio a muitas dificuldades. Eu chego para essa assembleia com um olhar me muita esperança e muita expectativa para aquilo que se possa construir juntos. Espero que esse encontro possa dar novas luzes e um novo ardor missionário para a caminhada da JM no Brasil a partir de nós”, finalizou a jovem.

Juventude Missionária grava podcast


Na próxima semana as Pontifícias Obras Missionárias vão estrear o seu podcast no canal ofical no Youtube. O PodPOM foi gravado nesta sexta com o GT nacional da JM e o secretário da POPF, Pe. Genilson Sousa. A apresentação do podcast é do jornalista Fabrício Preto.

Em uma linguagem direta e descontraída, os jovens apresentaram os projetos da JM no Brasil e falam sobre a importância das ações missionárias protagonizadas pela juventude nas diversas realidades do País.

Fonte: https://www.pom.org.br/


quarta-feira, 5 de outubro de 2022

JM REALIZA AÇÃO MISSIONÁRIA



A Juventude Missionária (JM) da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, Diocese de Patos (PB), realizou no dia 11 de setembro de 2022 uma ação missionária na zona rural da cidade, numa comunidade conhecida como Agrovila Poço Comprido.

A atividade missionária foi marcada por muita alegria, mesmo diante de um forte calor abrasador, típico desse período do ano no Nordeste Brasileiro, os jovens missionários visitaram diversas famílias da comunidade, levando a Boa Nova de Jesus, uma mensagem de fé, amor e esperança. Em troca, os jovens receberam muita acolhida e hospitalidade dos moradores da região.








quarta-feira, 31 de agosto de 2022

JM DA DIOCESE DE PATOS (PB) REALIZA MOMENTO DE ESPIRITUALIDADE


A Juventude Missionária (JM) da cidade de Patos (PB), Diocese de Patos (PB), realizou no último final de semana (28/08) um encontro de espiritualidade missionária, visando promover um momento de reflexão e oração aos participantes. 


Seguindo a metodologia das áreas integradas (Realidade Missionária, Espiritualidade Missionária,  Agir e Celebrar), a realização do momento buscava preparar os jovens para a futura ação missionária do grupo, dando sentido a ação e fortalecendo o carisma do grupo, pois, em tempos pós pandemia, é preciso revigorar as forças e o espírito missionário para os novos desafios que a atual conjuntura impõe.



terça-feira, 26 de julho de 2022

JM DA DIOCESE DE PATOS REALIZA FORMAÇÃO



A Juventude Missionária (JM) da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, Diocese de Patos (PB), realizou nos últimos dois finais de semana (17 e 24 de Julho) encontros de formaçao missionaria,  tendo por escopo conhecer melhor o Marco Referencial da JM. 


O Marco Referencial da JM foi produzido pelos próprios integrantes da JM, é  uma síntese que compila um pouco de todas as experiências missionárias vividas nos primeiros dez anos de existência da JM no Brasil. É dividido em quatro partes essenciais: Marco Histórico, Marco Doutrinal, Marco Operativo e Marco Celebrativo.


Ao longo da formação os jovens puderam descobrir como foram as origens e a  consolidação dos grupos de JM no Brasil (Marco Histórico), quais os fundamentos da ação missionária da Igreja (Marco Doutrinal), como os grupos de JM se organizam e quais suas metodologias (Marco Operativo), bem como os sonhos e esperanças que nos move ao futuro (Marco Celebrativo).


A formação permanente e integral é relevante nesse período pós pandemia,  pois os grupos de JM sempre devem lembrar os motivos que nos fazem partir rumo a missão.

sexta-feira, 3 de junho de 2022


Mensagem de Sua Santidade Papa Francisco para o Dia Mundial das Missões de 2022

Sereis minhas testemunhas (At 1,8)

Queridos irmãos e irmãs!
São estas as palavras da última conversa de Jesus Ressuscitado com seus discípulos, antes de sua Ascensão ao céu, conforme descrito em Atos dos Apóstolos: “Recebereis a força do Espírito Santo que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, por toda a Judeia e Samaria e até os confins do mundo” (At 1, 8). E esse é também o tema do Dia Mundial das Missões 2022, que sempre nos ajuda a viver o fato de que a Igreja é missionária por natureza. Este ano oferece a oportunidade de comemorarmos alguns momentos importantes para a vida e missão da Igreja: A fundação, há 400 anos, da Congregação de Propaganda Fide – atual Congregação para a Evangelização dos Povos; os 200 anos da Obra da Propagação da Fé, a qual, juntamente com a Obra da Santa Infância e a Obra de São Pedro Apóstolo, obteve o reconhecimento de Pontifícia há 100 anos.

Vamos nos deter em três expressões-chave que resumem os três fundamentos da vida e da missão dos discípulos: “Sereis minhas testemunhas”; “até os confins do mundo”; e “recebereis a força do Espírito Santo”.

1. “Sereis minhas testemunhas” – O chamado de todos os cristãos a testemunhar Cristo

É o ponto central, o coração do ensinamento de Jesus aos discípulos em vista de sua missão no mundo. Todos os discípulos são testemunhas de Jesus graças ao Espírito Santo que recebem: serão constituídos como tal pela graça. Por onde forem, onde quer que estejam. Assim como Cristo é o primeiro enviado, isto é, missionário do Pai (cf. Jo 20,21) e, como tal, é a sua “testemunha fiel” (cf. Ap 1,5), assim cada cristão é chamado a ser missionário e testemunha de Cristo. E a Igreja, comunidade dos discípulos de Cristo, não tem outra missão senão a de evangelizar o mundo, de ser testemunho de Cristo. A identidade da Igreja é evangelizar.

Uma leitura geral mais profunda esclarece alguns aspectos que são sempre atuais para a missão confiada por Cristo aos discípulos: “Vocês serão minhas testemunhas”. A forma plural enfatiza o caráter comunitário-eclesial do chamado missionário dos discípulos. Todo batizado é chamado à missão na Igreja e por mandato da Igreja: portanto, a missão se realiza em conjunto e não individualmente, em comunhão com a comunidade eclesial e não por iniciativa própria. E mesmo que alguém, em alguma situação muito particular, desempenhe a missão evangelizadora sozinho, ele a realiza e deve sempre realizá-la em comunhão com a Igreja que lhe enviou. Como ensinou São Paulo VI na Exortação Apostólica Evangelii Nuntiandi, documento que tenho muito apreço: “A Evangelização nunca é para ninguém um ato individual e isolado, mas profundamente eclesial. Quando o mais desconhecido pregador, catequista ou pároco, no lugar mais remoto, prega o Evangelho, reúne sua pequena comunidade ou administra um sacramento, ou mesmo que esteja sozinho, realiza um ato da Igreja, e seu gesto está certamente ligado a relações institucionais, mas também por laços invisíveis e raízes profundas da ordem da graça, à ação evangelizadora de toda a Igreja” (nº 60). De fato, não é coincidência que o Senhor Jesus enviou seus discípulos em uma missão dois a dois; o testemunho dos cristãos a Cristo tem um caráter principalmente comunitário. Daí a importância essencial da presença de uma comunidade, mesmo pequena, no cumprimento da missão.

Além disso, é pedido aos discípulos para construírem a sua vida pessoal em chave de missão: são enviados por Jesus ao mundo não só para cumprir a missão, mas também e por precedente, viver a missão que lhes foi confiada; não só para dar testemunho, mas também e sobretudo para ser testemunhas de Cristo. Como diz o apóstolo Paulo, com palavras verdadeiramente comoventes: “Levar sempre, e em todo lugar, a morte de Jesus em nosso corpo, para que também a vida de Jesus se manifeste em nós” (2 Cor 4, 10). A essência da missão é dar testemunho de Cristo, isto é, sua vida, paixão, morte e ressurreição por amor ao Pai e à humanidade. Não é por acaso que os Apóstolos buscaram o substituto de Judas entre aqueles que, como eles, testemunharam a Ressurreição (cf. At 1, 22). É Cristo, e o Cristo ressuscitado, Aquele que devemos testemunhar e cuja vida devemos partilhar. Os missionários de Cristo não são enviados para se comunicar entre si, para mostrar suas qualidades, suas habilidades persuasivas ou gerenciais. Em vez disso, têm a honra sublime de oferecer Cristo, em palavras e obras, a anunciar para todos a Boa Nova da salvação com alegria e ousadia, como fizeram os primeiros apóstolos.

Portanto, em última análise, a verdadeira testemunha é o “mártir”, aquele que dá a vida por Cristo, retribuindo o dom que Ele nos deu de si mesmo. “A primeira motivação para evangelizar é o amor de Jesus que recebemos, a experiência de sermos salvos por Ele que nos leva a amá-lo cada vez mais (Evangelii Gaudium, 264).

Finalmente, a propósito do testemunho cristão, permanece sempre válida a observação de São Paulo VI: “O homem contemporâneo escuta com mais boa vontade as testemunhas do que os mestres, ou então se escuta os mestres o faz porque eles são testemunhas” (Evangelii Nuntiandi, 41). Assim, é fundamental, para a transmissão da fé, o testemunho de vida evangélica dos cristãos. Por outro lado, continua igualmente necessária a tarefa de anunciar a pessoa de Jesus e a sua mensagem. O próprio Paulo VI diz: “Sim! A pregação, a proclamação verbal de uma mensagem, permanece sempre indispensável (…). A palavra continua a ser sempre atual, especialmente quando transmite a força divina. Por esse motivo, permanece atual o axioma de São Paulo: “A fé vem da pregação” (Rom 10, 17). É precisamente a Palavra ouvida que nos leva a crer” (Ibid., 42).

Na Evangelização, portanto, caminham juntos o exemplo de vida cristã e o anúncio de Cristo. Um serve ao outro. São os dois pulmões com os quais cada comunidade deve respirar para ser missionária. O testemunho completo, coerente e alegre de Cristo é certamente a atração para o crescimento da Igreja também no terceiro milênio. Por isso, exorto todos a recuperar a coragem, a franqueza, aquela ousadia dos primeiros cristãos, para testemunhar Cristo, com palavras e obras, em todos os ambientes da vida.

2. “Até os confins do mundo” – A atualidade perene de uma missão de Evangelização universal

Ao exortar os discípulos a serem suas testemunhas, o Senhor ressuscitado anuncia para onde são enviados: “Em Jerusalém, por toda a Judeia e Samaria e até os confins do mundo” (At 1, 8). Aqui emerge muito claramente o caráter universal da missão dos discípulos. Destaca-se o movimento geográfico “centrífugo”, quase em círculos concêntricos, desde Jerusalém – considerada pela tradição judaica como centro do mundo – da Judeia e Samaria até os “confins do mundo”. Não são enviados para fazer proselitismo, mas para anunciar; o cristão não faz proselitismo. Em Atos dos Apóstolos, narra-se este movimento missionário: dá-nos uma bela imagem da Igreja “em saída” para cumprir a sua vocação de testemunhar Cristo Senhor, orientada pela Divina Providência mediante as circunstâncias concretas da vida. Com efeito, os primeiros cristãos foram perseguidos em Jerusalém e, por isso, dispersaram-se pela Judeia e Samaria e testemunharam Cristo por toda a parte (cf. At 8, 1.4).

Algo semelhante ainda acontece em nosso tempo. Devido a perseguições religiosas e situações de guerra e violência, muitos cristãos são obrigados a fugir de suas terras para outros países. Somos gratos a esses irmãos e irmãs que não se fecham no sofrimento, mas testemunham Cristo e o amor de Deus nos países que os acolhem. Sobre isso, São Paulo VI os exortou ao considerar a “responsabilidade que cabe aos imigrantes nos países que os recebem” (Evangelii Nuntiandi, 21). De fato, experimentamos cada vez mais como a presença de fiéis de várias nacionalidades enriquece o rosto das paróquias e as torna mais universais, mais católicas. Consequentemente, a pastoral dos migrantes é uma atividade missionária que não deve ser negligenciada, pois pode ajudar também os fiéis locais a redescobrir a alegria da fé cristã que um dia receberam.

A indicação “até os confins do mundo” deve interpelar os discípulos de Jesus em todos os tempos, impelindo-os sempre mais a ir além dos lugares habituais para levar Seu testemunho. Hoje, apesar de todas as facilidades resultantes dos progressos modernos, ainda existem áreas geográficas nas quais os missionários, que são testemunhas de Cristo, não chegaram com a Boa Nova do seu amor. Por outro lado, não existe qualquer realidade humana que seja alheia à atenção dos discípulos de Cristo em sua missão. A Igreja de Cristo sempre esteve, está e estará “em saída” rumo aos novos horizontes geográficos, sociais, existenciais, rumo a lugares e situações humanas “fronteiriços”, para dar testemunho de Cristo e do seu amor a todos os homens e mulheres de cada povo, cultura, estado social. Nesse sentido, a missão sempre será também missio ad gentes, como nos ensinou o Concílio Vaticano II (cfr. Decreto Ad Gentes, sobre a atividade missionária da Igreja, 07/12/1965), porque a Igreja terá sempre de ir mais longe, para além das suas próprias fronteiras, para testemunhar a todos o amor de Cristo. A propósito, quero lembrar e agradecer aos inúmeros missionários que dedicam a vida para “ir mais além”, encarnando a caridade de Cristo por tantos irmãos e irmãs que encontram pelo caminho.

3. “Recebereis a força do Espírito Santo” – Deixar-se sempre fortalecer e guiar pelo Espírito

Ao anunciar aos discípulos a missão de serem suas testemunhas, Cristo ressuscitado prometeu também a graça para uma tão grande responsabilidade: “Recebereis a força do Espírito Santo e sereis minhas testemunhas” (At 1, 8). Segundo a narração dos Atos, precisamente depois da descida do Espírito Santo sobre os discípulos de Jesus, realizou-se a primeira ação de dar testemunho de Cristo, morto e ressuscitado, com um anúncio querigmático: o chamado discurso missionário de São Pedro aos habitantes de Jerusalém. Assim começa a Era da Evangelização do mundo por parte dos discípulos de Jesus. Antes eram fracos, medrosos, fechados. O Espírito Santo os fortaleceu, deu-lhes coragem e sabedoria para dar testemunho de Cristo diante de todos.

Como “ninguém pode dizer: ‘Jesus é o Senhor’ senão pela ação do Espírito Santo” (1 Cor 12, 3), nenhum cristão pode dar testemunho pleno e genuíno de Cristo Senhor sem a inspiração e a ajuda do Espírito Santo. Desse modo, cada discípulo missionário de Cristo é chamado a reconhecer a importância fundamental da ação do Espírito Santo, a viver com Ele no cotidiano, a receber constantemente Sua força e inspiração. Por certo, quando nos sentirmos cansados, desmotivados, perdidos, lembremo-nos de recorrer ao Espírito Santo na oração, a qual – quero enfatizar mais uma vez – tem um papel fundamental na vida missionária, para nos deixarmos restaurar e fortalecer por Ele, a fonte divina inesgotável de novas energias e da alegria de partilhar a vida de Cristo com os outros. “Receber a alegria do Espírito é uma graça. E é a única força que podemos ter para pregar o Evangelho, confessar a fé no Senhor” (Francisco, Mensagem às Pontifícias Obras Missionárias, 21/5/2020). Assim, o Espírito Santo é o verdadeiro protagonista da missão: Ele é quem dá a palavra certa no momento justo e sob a devida forma.

Também à luz da ação do Espírito Santo queremos vivenciar os aniversários missionários deste 2022. A instituição da Sagrada Congregação de Propaganda Fide, em 1622, foi motivada pelo desejo de promover o mandato missionário em novos territórios. Uma intuição providencial! A Congregação mostrou-se decisiva para que a missão evangelizadora da Igreja fosse verdadeiramente livre, isto é, independente da interferência dos poderes mundanos, a estabelecer aquelas Igrejas locais que hoje mostram tanto vigor. Esperamos que, à semelhança dos seus últimos quatro séculos, a Congregação, com a luz e a força do Espírito Santo, continue e intensifique o seu trabalho de coordenar, organizar e animar as atividades missionárias da Igreja.

O mesmo Espírito, que guia a Igreja universal, inspira também homens e mulheres simples para missões extraordinárias. E foi assim que uma jovem francesa, Pauline Jaricot, há exatamente 200 anos, fundou a Associação para a Propagação da Fé, com sua beatificação celebrada neste ano jubilar. Embora em condições precárias, ela acolheu a inspiração de Deus e colocou em movimento uma rede de oração e coleta para os missionários, de modo que os fiéis pudessem participar ativamente na missão “até os confins do mundo”. Dessa ideia genial, nasceu o Dia Mundial das Missões, que celebramos todos os anos, e cuja coleta em todas as comunidades se destina ao fundo universal com o qual o Papa apoia a atividade missionária pelo mundo.

Nesse contexto, recordo também o Bispo francês Charles de Forbin-Janson, que iniciou a Obra da Santa Infância para promover a missão entre as crianças com o lema “As crianças evangelizam as crianças, as crianças rezam pelas crianças, as crianças ajudam as crianças de todo o mundo”. E ainda a senhora Jeanne Bigard, que deu vida à Obra de São Pedro Apóstolo para apoiar seminaristas e sacerdotes em terras de missão. Três obras missionárias reconhecidas como “pontifícias” há exatamente cem anos. Foi também sob inspiração e orientação do Espírito Santo que o Beato Paolo Manna, nascido há 150 anos, fundou a atual Pontifícia União Missionária, a fim de sensibilizar e animar sacerdotes, religiosos e religiosas e todo o povo de Deus para a missão. Dessa última Obra, fez parte o próprio São Paulo VI, que confirmou seu reconhecimento pontifício. Menciono essas quatro Obras Missionárias Pontifícias pelos seus grandes méritos históricos e para convidá-los a se alegrar com elas neste ano especial, pelas atividades realizadas em apoio à missão evangelizadora na Igreja universal e nas Igrejas locais. Espero que as Igrejas locais encontrem, nessas Obras, um instrumento seguro para alimentar o espírito missionário no Povo de Deus.

Queridos irmãos e irmãs, continuo a sonhar com uma Igreja totalmente missionária, com um novo tempo de ação missionária entre as comunidades cristãs. Repito o grande desejo de Moisés para o povo de Deus a caminho: “Quem dera que todo o povo do Senhor fosse profeta” (Nm 11, 29). Sim, oxalá todos nós sejamos na Igreja o que já somos em virtude do Batismo: profetas, testemunhas, missionários do Senhor! Com a força do Espírito Santo e até os confins do mundo. Maria, Rainha das Missões, rogai por nós!

Roma, São João de Latrão, na Solenidade da Epifania do Senhor, 6 de janeiro de 2022.
Francisco

quarta-feira, 6 de abril de 2022

Juventude Missionária (JM) realiza encontro com coordenações dos Estados



No dia 25 de março, de forma virtual, o secretário nacional da Pontifícia Obra da Propagação da Fé (POPF), Pe. Genilson Sousa, juntamente com os coordenadores estaduais da Juventude Missionária (JM), promoveram o encontro mensal. Durante a oração foi realizado o Ato de Consagração, a pedido Papa Francisco, pelo fim da Guerra na Ucrânia e a Rússia, momento animado pela JM de Aracajú (SE).

Estiveram presentes representantes da JM de Sergipe, Ceará, Maranhão, Amapá, Acre, Rondônia, São Paulo, Rio Grande do Norte, Mato Grosso e Amazônia.

Retomada das atividades
Aos coordenadores estaduais foi pedido motivação aos encontros da JM dos Estados, convidando os grupos a reanimarem, no retorno das atividades, valorizando a metodologia da JM. Lembrou-se do compromisso de celebrar o dia da Juventude Missionária, vinculando-o ao dia da POPF (no primeiro domingo de maio, próximo dia 3).

Corrente Solidária
No mês de abril, os grupos recebem a motivação para articular a Corrente Solidária, nesta mesma unidade entre abril e maio. A Corrente Solidária é feita pelas partilhas dos grupos e destinada a um projeto Ad Gentes. Neste ano os recursos arrecadados serão enviados ao projeto missionário “Abrindo Horizonte”, Angola, África, das Irmãs Salesianas.

Missão Sem-Fronteiras
Todos os anos a JM vivencia a Missão Sem-Fronteira, atividade que reúne jovens de todo o Brasil para uma experiência missionária. Retornando as atividades presenciais, foi apresentada a data da Missão Sem-Fronteira para 2023, junto com a ação missionária dos seminaristas, nos dias 05 a 16 de janeiro de 2023, na cidade de Manaus (AM).

Assembleia Nacional
Na reunião foi contemplada a data da assembleia nacional da Juventude Missionária, de 18 a 20 de novembro de 2022, em Brasília (DF). Foi solicitado aos coordenadores para fazerem uma pequena sondagem sobre as atividades da JM nos estados.

A próxima reunião da coordenação nacional ficou marcada para o dia 29 de abril

Fonte: https://www.pom.org.br/