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A Juventude Missionária se dá a conhecer como um grupo voluntário com uma proposta de evangelização a serviço da Igreja Católica. Não é um movimento nem uma pastoral; é um grupo de jovens missionários ligados à POM (Pontifícias Obras Missionárias). Nosso objetivo principal é unir-nos ao mandado de Jesus Cristo: "Ide pelo mundo e pregai o evangelho!" (Mc 16, 15). Nosso trabalho se realiza, basicamente, através da organização de Missões de evangelização rurais e urbanas e outras atividades de formação, defesa da fé e promoção das devoções e tradições populares. A JM busca despertar na juventude de hoje o desejo e a consciência da necessidade de ser um orientador aos irmãos na fé, de ser transmissor da mensagem de Cristo, de fundamentar sua fé e sua confiança na doutrina da Igreja e de ser um jovem reflexivo, com rica vida de oração. Trata-se de uma grande oportunidade para jovens que desejam fazer algo a mais pela Igreja e trabalhar a serviço dos mais necessitados. Jovens que queiram vivenciar este carisma devem ter idade entre 15 e 30.

domingo, 26 de janeiro de 2014

Santa Terezinha - Fragmentos da história de uma florzinha


Santa Terezinha (1873 - 1897) é a santa padroeira das missões e um das mais populares da Igreja Católica. Não poderia ser diferente, sua vida foi repleta de bençãos e dádivas, um exemplo notável de vida em santidade. Terezinha era carmelita e nunca deixou o carmelo durante sua vida, entretanto, isso não foi empecilho para que sua incomensurável fé se tornasse um legado para todos aqueles que aspiram a santidade. 

Porém, mesmo com sua passagem tão rápida por este mundo, Santa Terezinha nos presenteou com sua autobiografia, denominada a "História de uma Alma", que por sinal é belíssima, fantástica, esplêndida! Ela é composta por três manuscrito, que relatam uma fé extremamente viva e completamente apaixonada por Jesus Cristo. Logo, retrataremos fragmentos deste livro, escrito pela "Florzinha" do jardim de Cristo, como ela mesmo se autodenominava.

Refletindo Santa Terezinha sobre seus momentos de fraqueza e solidão, assim dizia: 
Por vezes, sentia-me sozinha. muito sozinha. Como nos dias de minha vida de semi-interna, quando triste e doente espairecia no grande pátio, repetia as palavras que sempre me fizeram renascer paz e alento no coração:"A vida é teu navio, não é tua morada!"...Quando ainda pequenina, estas palavras me restituíam a coragem.


Ela pensava com muito afinco sobre a existência de tantos santos na igreja, e como eram tão diferentes uns dos outros, e assim expunha:
Pus diante dos meus olhos o livro da natureza e compreendi que todas as flores por ele criadas são belas, e que o esplendor da rosa e a brancura do lírio não tiram o perfume da humilde violeta nem a simplicidade encantadora da margarida... Compreendi que se todas as flores quisessem ser rosas, a natureza perderia sua pompa primaveril e os campos já não seriam salpicados de florzinhas. O mesmo ocorre no mundo das almas, o jardim de Jesus. Ele quis criar grandes santos, que podem ser comparados aos lírios e às rosas; mas criou também outros menores, e estes devem se conformar em ser margaridas ou violetas destinadas a alegrar os olhos de Deus quando contempla seus pés. A perfeição consiste em fazer sua vontade, em ser aquilo que Ele quer que sejamos...

Ela sabia que os Santos não poderiam comportar vaidades, que toda palavra sábia proferida para resgatar alguém era mérito de Deus, sob inspiração do Espírito Santo. Falava que:
Portanto, Ele é livre para servir-se de mim para dar um bom pensamento a uma alma. Se eu julgasse que esse pensamento me pertence, seria como "o burro que transportava relíquias" e acreditava que as homenagens prestadas aos santos dirigiam-se a ele.

Relata Santa Terezinha, que pela sua pequenez, se considerava uma alma inferior aos outros santos da Igreja, indigna de se tornar um deles , mais diante desse pensamento adveio uma grande reflexão, graças a ajuda de sua grande madre, ela pôde entender porque não possuía a glória concedida a outros santos:
Uma vez, estranhei que Deus não desse glória igual no Céu a todos os eleitos e receava que não fossem todos felizes. Então, Paulina fez-me buscar o copo grande de papai e colocá-lo ao lado do meu pequeno dedal e disse para encher os dois. A seguir, perguntou-me qual dos dois estava mais cheio. Respondi que os dois estavam cheios e não podiam conter mais. Minha mãe querida fez-me então compreender que o Céu Deus dá a seus eleitos tanta glória quanto podem conter e que, assim, o último nada tem a cobiçar ou invejar do primeiro.

Santa Terezinha jamais saiu do carmelo, mas era uma missionária por excelência, é o que percebemos conforme este fragmento:
Ah! apesar da minha pequenez, queria iluminar as almas como os profetas, os doutores. Tenho a vocação de apóstolo... Gostaria de correr a terra, propagar teu nome e fincar tua Cruz gloriosa no solo infiel. Ó meu amor, uma missão só não seria suficiente. Gostaria também de pregar o Evangelho nas cinco partes do mundo, até nas mais longínquas ilhas... Queria ser missionária, não só durante alguns anos, mas gostaria que fosse desde a criação do mundo e até o final dos séculos. (...) Sem dúvida, é pela oração e pelo sacrifício que se pode ajudar os missionários.

A compreensão que Santa Terezinha tinha do amor é simples e ao mesmo tempo tão perfeita, assim ela escreve:
Compreendi que sem o amor todas as obras são nada, mesmo as mais brilhantes, como ressuscitar os mortos ou converter os povos... (...) Compreendi que só o Amor leva os  membros da Igreja a agir, que se o Amor viesse a extinguir-se os apóstolos não anunciariam mais o Evangelho, os mártires negar-se-iam a derramar o sangue... Compreendi que o Amor abrangia todas as vocações, que o Amor era tudo, que abrangia todos os tempos e todos os lugares... numa palavra,que ele é Eterno!...

O amor para Santa Terezinha não poderia ficar armazenado em singelas palavras, mais uma vez ela compreende que:
Dedicava-me, sobretudo, a amar a Deus e foi amando-o que compreendi que não devia deixar que meu amor se traduzisse apenas em palavras, pois: "Nem todo o que me diz: `Senhor, Senhor', entrará no reino dos céus, mas o que faz a vontade de meu Pai que está nos céus".

Certamente, era a oração a grande aliada de Santa Terezinha para evangelizar e salvar as doces almas para Jesus. Assim ela define a oração com exímio:
Para mim, a oração é um impulso do coração, um simples olhar para o céu, um grito de gratidão e de amor no meio da provação como no meio da alegria, enfim, é alguma coisa de grande, de sobrenatural que dilata a minha alma e me une a Jesus. 

As dificuldades e cruzes da vida não poderiam mais perturbar o espírito de Santa Terezinha, porque ela descobriria a solução para todos esses problemas, descobriria o seu tesouro escondido, eis a sua descoberta:
Madre, desde que entendi ser impossível fazer alguma coisa por mim mesma, a tarefa que me impusestes deixou de me parecer difícil; senti que a única coisa necessária consistia em unir-me sempre mais a Jesus e que o restante me seria dado por acréscimo. 

Essas dificuldades na qual se referia, sem dúvida, foram os momentos de sofrimento e flagelação ocasionados pela tuberculose agressiva que tinha contraído, doença que a vitimaria e levaria a "florzinha" mais linda do carmelo para junto do seu amado. Entretanto, ela faria desse fato mais uma oportunidade de dar glórias a Deus. Com as seguintes palavras, testemunha o momento que descobriu a enfermidade:
No ano passado, Deus permitiu-me o consolo de observar o jejum da quaresma em todo o seu rigor. Nunca me sentira tão forte e essa força manteve-se até a Páscoa. Porém, na Sexta-Feira santa, Jesus deu-me a esperança de ir vê-lo em breve, no Céu... Oh! como me é suave essa lembrança! Após ter ficado junto ao túmulo até a meia-noite, regressei à nossa cela, mas apenas coloquei a cabeça no travesseiro senti um fluxo subir, subir borbulhando até meus lábios. Não sabia de que se tratava, mas pensei que, talvez, fosse morrer e minha alma estava inundada de alegria... Mas, como nossa lâmpada estava apagada, disse a mim mesma que era preciso esperar o amanhecer para ter certeza da minha felicidade, pois parecia-me ser sangue que eu tinha vomitado. O amanhecer chegou logo. Ao acordar, pensei imediatamente ter alguma coisa alegre a constatar. Perto da janela, pude verificar meu pressentimento... Ah! minha alma ficou repleta de uma grande consolação; estava intimamente persuadida de que Jesus, no dia do aniversário da sua morte, queria me deixar perceber um primeiro chamado. Era como um suave e longínquo murmúrio que me anunciava a chegada do Esposo...


Realmente, as respostas para suas inquietações infantis e para este mistério da sua enfermidade, Santa Terezinha não encontraria na terra respostas prontas imediatas, era preciso esperar para chegar ao céu. Assim, ela afirma com bastante profundidade:
Sem dúvida, esse é mais um daqueles mistérios que só compreenderemos no céu e que nos causará uma admiração eterna!...

A verdade é que Santa Terezinha continuará a ser essa referência de fé, uma Santa incomparável, repleta de simplicidade e ternura. Exemplo não só para a Juventude Missionária, da qual é padroeira, mas para todos que querem amar com gestos, amar Jesus incondicionalmente, como ela tanto amou e como ele tanto nos ama. Se em meio a tantos Santos ela se destacou, foi por esse único fato, na qual ela mesma disse:
"Meu Deus, escolho tudo". Não quero ser santa pela metade. Não me faz medo sofrer por vós, a única coisa que me dá receio é a de ficar com minha vontade. Tomai-a vós, pois "escolho tudo" o que vós quiserdes!. . .

Portanto, esse foi o seu segredo, Santa Terezinha escolheu tudo o que Deus desejou para ela, sem titubear ela entregou seu tudo a Deus, pois ela mesmo afirma que ele quer seu tudo ou seu nada, não existe meio termo. Suas palavras acalentam o nosso coração. Que Santa Terezinha derrame sua chuva de bençãos em forma de pétalas de rosas sobre todos nós. Amém. Na fé. 



Referência Bibliográfica:

LISIEUX, Teresa de. História de uma alma. 4 ed. São Paulo: Paulinas, 2006.




segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

JUVENTUDE MISSIONÁRIA - 2014

Olá Jovens Missionários! 


Está chegando o grande momento de voltar com as nossas atividades em 2014, ano em que a Juventude Missionária completará 4 anos de existência. Ao longo desse período foram inúmeras missões realizadas, entretanto, somos sabedores de que é preciso fazer ainda muito mais, tudo com muito empenho e carinho para continuarmos com as nossas missões.

Portanto, a nova coordenação conta com todos vocês, jovens missionários, a partir do dia 2 de fevereiro de 2014, para com muito amor e dedicação, tocarmos o barco rumo para águas mais profundas nesse mar chamado evangelização.

Logo, que Santa Terezinha e São Francisco Xavier interceda e rogue por todos nós nessa vocação missionária. Abraços.

Jovens missionários sempre solidários! - A coordenação - Romualdo e Daniele.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Assim foi o ano de 2013! - Avaliação do Pe. Marcelo Gualberto


Queridos jovens, o ano de 2013 ficará marcado em nossa memória como o ano que os olhos da juventude puderam brilhar e demonstrar muita alegria. Isso pela certeza de que os jovens não estão sozinhos na luta, pois tanto a Igreja quanto a sociedade querem, como fez Cirineu, ajudar a carregar a Cruz, a qual se apresenta em nosso dia a dia.

Como esquecer as reflexões da Campanha da Fraternidade (CF 2013) que reascendeu, no interior da Igreja, o olhar para a realidade de uma juventude que não é um mar de rosas? Vimos que, diante das desigualdades sociais, não basta simplesmente rezar para resolver. A CF 2013 quis mostrar que o jovem está inserido em uma realidade social e que merece toda atenção não só da Igreja, mas também do Estado.

A Semana Missionária que tivemos por todo o Brasil despertou, nas comunidades que estavam entristecidas, novo desejo em continuar a caminhada com a alegria cristã emanada do próprio Jesus, além de fortalecer aquelas que já vinham animadas. O marco desse processo de evangelização juvenil teve uma grande celebração que foi a JMJ Rio 2013, a qual nos fez olhar o mundo, cada vez mais, como irmãos. De fato, pudemos perceber que a Igreja no mundo ainda está jovem e alegre em seguir Jesus.

Como Juventude Missionária (JM)? Sempre fica a pergunta ao término de mais um ano: alcançamos os nossos objetivos? Crescemos na fé e na solidariedade para com nossos irmãos? É hora de avaliar, é hora de deixar os pessimismos e as indiferenças para trás e com o pé no chão ver o que fizemos, pontuando onde poderíamos ter crescido mais. E se não crescemos, identificar os obstáculos que dificultaram e, se possível, superá-los, traçando metas e novas metodologias para que, em 2014, possamos fazer com que a missão fique cada vez mais forte e real entre os jovens.

Olhando o trabalho realizado em toda Juventude Missionária animada pelas POM no Brasil, podemos dizer, sem medo, que se realizaram passos gratificantes. Mais que ter dados ou números, podemos dizer que este ano tivemos a graça de fortalecer, nos grupos de base, o carisma, a identidade e a metodologia que nos caracteriza como uma Obra que quer viver a missão em sua realidade local e, igualmente, lançar-se na realidade além-fronteira do jovem.

Estamos conscientes que a JM do Brasil, nos mais diversos rincões, foi conscientizada pela grande dádiva missionária que Jesus nos convocou a viver, e que, com o Batismo e a Confirmação, Ele mesmo nos fortalece em nosso caminhar: “Ide e fazei discípulos todas as nações!” (Mt 28, 19). Com este mandato, nós JM temos consciência de que não somos encarcerados em viver a missão só em nossas comunidades, paróquias ou dioceses, mas chamados a olhar para fora da janela e ver que o campo missionário é bem maior entre os que olham de dentro pra fora, muito mais dos que olham apenas de fora pra dentro.

Além da JM pelo Brasil vemos, com muita esperança, o avanço em 2013 do projeto das Famílias Missionárias que vem se concretizando e que já realizamos dois encontros específicos para sua apresentação: em Palmas (TO) e Carpina (PE).

Nos dias 12 a 15 de dezembro, nos reunimos em Assembleia, na sede nacional das POM, em Brasília (DF), os representantes da JM, Famílias Missionárias, Idosos e enfermos missionários. Ações como essas compõem a Obra da Propagação da Fé para olhar, avaliar e planejar nossa caminhada pelo Brasil. Graças a Deus, na partilha dos trabalhos realizados nos regionais e nos grupos de base, constatamos um real crescimento das atividades em todas as frentes da Obra.

“Um pouco de perfume sempre fica nas mãos de quem oferece flores” (Provérbio Chinês).

Três anos se passaram desde que eu assumi o secretariado nacional da Pontifícia Obra da Propagação da Fé. Agradeço pela graça de viver esta experiência. A princípio o medo quase toma meu coração, mas ao reconhecer que era Deus quem me chamava, respondi como o profeta Isaías: “Eis-me aqui, Enviame”. Confesso que respondi sem saber qual era o mar em que colocava o meu pequenino barco. Outra inquietação tocou meu coração: para onde remar? Jeremias escutou e seguiu o chamado. Assim eu também procurei seguir os passos do profeta que ouviu: “A quem eu te enviar irás”. Mesmo em minhas limitações e perante obstáculos, fiquei para dar minha contribuição e meu auxílio. Apesar da minha inexperiência nesta Obra, Propagação da fé aprendi a amar e a alimentar, com a missão além fronteira, o coração de um jovem padre. Hoje sou imensamente agradecido pela oportunidade de ver a Igreja não como uma mera estrutura, mas como comunidade constituída por um povo que, por mais diversificado que seja, tem um único objetivo: estar junto de Jesus. E a missão desempenhada me ensinou a ser o meio mais coerente para que isso de fato aconteça.
Como padre diocesano, fui solicitado por meu bispo para retornar à minha diocese de Uruaçu (GO) em 2014. Lá uma nova missão me espera, mas com certeza, depois deste tempo vivendo esta experiência nas POM, posso afirmar que a missão além-fronteiras está impregnada em meu ministério sacerdotal. Onde eu estiver trabalharei para que tenhamos uma comunidade cada vez mais missionária, vivendo a proposta de Jesus sublinhada pelo papa Francisco na JMJ Rio 2013: “Ide, sem medo servir!” Ser missionário é entrar na aventura do encontro com Deus e com os irmãos e irmãs, em especial nas periferias existenciais e geográficas. Vivamos esta aventura!

Aproveito para agradecer a você que faz parte desta Obra, que ama e divulga suas atividades. Obrigado pela dedicação, pelo tempo gasto em assessorias, orientação e vivência com os grupos. Tenha a certeza de que o êxito desta Obra, em todas as suas expressões, só é possível porque pessoas como você acreditam nesta grande missão. Agradeço também aos colegas das Pontifícias Obras Missionárias do Brasil pela convivência e partilha. Deus abençoe a todos!

 Pe. Marcelo Gualberto Monteiro

FONTE: http://jmissionaria.blogspot.com.br/2014/01/assim-foi-o-ano-de-2013.html