O secretário nacional da Pontifícia Obra da Propagação da Fé (POPF), Guilherme Cavalli, se despede das Pontifícias Obras Missionárias (POM) e segue para novos desafios. O cargo será ocupado pelo padre Badacer Ramos de Oliveira Neto, da diocese de Itabuna (BA).
Os participantes da IX Assembleia Nacional da Propagação da Fé, que acontece em Brasília (DF), prestaram homenagem e agradeceram ao Guilherme pela dedicação e valiosa contribuição no acompanhamento das atividades desta Obra, em especial a Juventude Missionária.
Guilherme ficou à frente da Propagação da Fé por três anos e considera esse período um momento de muitos encontros. “Esse tempo na POPF foi um momento de encontro com pessoas, com culturas, com fés, com jeitos de celebrar e de ser Igreja. Quando a gente se encontra com alguma coisa a gente se modifica, então, além de ser um momento de encontro foi um momento de modificação, onde eu consegui me construir mais como discípulo missionário e ajudar na formação das juventudes como discípulas missionárias também”.
O jovem que é natural de Maximiliano de Almeida (RS) cita duas palavras para definir esse período. “Encontro com o outro e mudança. Mudança no sentido de conversão mesmo. Onde a gente consegue amadurecer na fé, perceber que a missão é exigente, mas também é muito prazerosa”.
Para Guilherme, a Juventude Missionária (JM) amadureceu. “A JM cresceu muito. Conseguimos formar um corpo de coordenações, onde cada estado já tem sua coordenação e experiências missionárias foram realizadas pelo país, como a de Ananindeua, no Pará. Foram publicados materiais para formação das juventudes e formação do discípulo missionário. Continuamos o trabalho de fortalecer a identidade profética da JM, identidade samaritana que está a serviço, que quer estar perto daqueles que estão longe da gente”.
O maior desafio no serviço à Propagação da Fé, foi a articulação num território tão vasto. “Isso dificulta um pouco o trabalho e exige mais. Esse é um desafio para a animação missionária”, afirma Guilherme. Segundo ele, não tem como fazer uma ruptura com as Obras Missionárias. “Pelo amor que eu tenho pelas POM e pela gratidão que eu tenho pelos diretores, tanto pelo padre Camilo Pauletti, quanto pelo padre Maurício da Silva Jardim. Vou continuar contribuindo, seja na produção de material, seja no auxílio, como for necessário. Vou estar em Brasília, então, acredito que a ruptura não vai acontecer. Não é um cordão umbilical que a gente corta, pelo contrário, são teias que a gente vai formando ao longo desse trabalho. Estou dentro da teia e acredito no projeto das Obras Missionárias, então, seria impossível simplesmente abandonar”.