Neste
mês dedicado às missões, refletindo sobre a vocação de todo batizado, a
Igreja nos dá como modelo uma jovem carmelita francesa, nascida no
final do século XIX. Trata-se de Santa Teresinha do Menino Jesus (ou Tereza de Lisieux), que foi proclamada padroeira das missões pelo Papa Pio XI em 14 de dezembro de 1927, juntamente com São Francisco Xavier.
Pode parecer muito estranho o fato de termos como Padroeira das Missões alguém que jamais saiu de seu Carmelo em Lisieux, mas, olhando mais profundamente, descobrimos em Teresinha um coração essencialmente missionário. “No coração me repercutia, continuamente, o brado de Jesus na Cruz: “Tenho sede!” Estas palavras acendiam em mim um ardor estranho e muito vivo” MA 134. Teresinha sentia-se devorada pela sede das almas, pelo desejo de salvá-las da perdição eterna. Em seu coração cultivava desejos grandiosos de, por Jesus, para amá-lO e fazê-lO amado, fazer todas as coisas possíveis e imagináveis. “Quisera percorrer a terra, apregoar teu nome (…) Quisera ser missionário não só por alguns anos, mas quisera sê-lo desde a criação do mundo e até a consumação dos séculos.”
Teresinha sabia, entretanto, de sua pequenez. Embora tivesse “olhos e coração de águia”, ou seja, cultivasse grandes desejos, sabia que ela mesma era um pequeno passarinho, capaz apenas de pequenas coisas. Essa consciência de sua pequenez levou-a a uma grande descoberta, que fez com que seu grande desejo de missão se tornasse realizável: “Compreendi que só o amor fazia os membros da Igreja atuarem, e que se o amor se extinguisse, os Apóstolos já não anunciariam o Evangelho e os Mártires se recusariam a derramar seu sangue… Compreendi que o amor abrange todas as vocações (…) Sim, encontrei meu lugar na Igreja (…) No coração da Igreja, minha Mãe, serei o amor”. Teresinha descobriu que todas as coisas, se feitas com amor e por amor, tornam-se uma oferta agradável a Deus, capaz de salvar almas: “Um alfinete pego no chão por amor pode salvar uma alma.”
Com sua vida, Teresinha nos mostra que cada um de nós é chamado e pode ser um grande missionário, através desse amor vivido com oferta a Deus, nas pequenas coisas!
Que o seu exemplo encha nossos corações desse mesmo ardor, a fim de que façamos de cada pequena ocasião uma oportunidade de amar a Deus e de salvar as almas.
Anelisa Savani
Consagrada na Comunidade Católica Pantokrator
Fonte: http://jmissionaria.blogspot.com.br/
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