No último dia 12 de outubro, dia da criança e de N. S. Aparecida, a Juventude Missionária da Paróquia de N. S. de Fátima, Patos - PB, pelo terceiro ano consecutivo, partiu em busca das crianças do Reino, em mais uma missão, visitando a comunidade São Paulo Apóstolo, comunidade carente da nossa cidade e também conhecida como Matadouro.
Era difícil descrever o clima que mais uma vez nos envolvia nessa missão, sem dúvida uma das missões mais especiais que realizamos todos os anos desde a fundação e instalação do nosso grupo. E esse ano teve um adicional de emoção, tudo indicava que não poderíamos estar presente por diversos motivos. Assim, um certo vazio e inquietação abateu os nossos semblantes. Palpitava os nossos corações, se sentimos angustiados e inquietos, perguntávamos dentro de nós mesmos: se a gente não for fazer o dia das crianças daqueles pequeninos, quem então irá realizá-lo? Se ninguém as via como crianças, Jesus as via: "Deixai as crianças e não as proibais de vir a mim, porque delas é o Reino dos Céus." - (Matheus. 19, 13 -15.). E nós como seus seguidores e discípulos não poderíamos permanecer indiferentes.
Entretanto, as coisas conspiraram para dar tudo certo, e a vontade de estar com aquelas crianças foi maior, ou quem sabe a oração e ansiedade daqueles pequeninos, que nos esperavam com bastante antecedência, fizeram com que Jesus nos impelissem para lá, afinal, criança é um ser humano puro e que tem todas as orações atendidas. Assim, com o coração cheio de vontade e de alegria, conseguimos os presentes através de doações, e é claro, as guloseimas que não podem faltar no dia da criança, e partimos para mais uma missão.
Durante a missão o lema foi: "Deixar as crianças vim até Jesus e nos assemelharmos a elas." Voltamos literalmente a ser crianças, dançando, pulando, brincando e cantando junto com elas. E fomos recompensados com carinho, amizade, ternura, abraços e sorrisos, arrebatados pelo jeito meigo, sereno e puro, que só as crianças conseguem transmitir. Os presentes e guloseimas? Ficaram em segundo plano, a maior alegria era dançar, pular e ser feliz, para elas aquilo valia muito mais do que qualquer presente e dinheiro, elas só queriam no seu dia, apenas ser criança, sentimos que são órfãos de um abraço, de um gesto de carinho, são carentes de amor.
No final da missão, um dos momentos mais belos foi ver aquelas crianças rezando com amor e pureza, com as mãozinhas no coração, gravamos essa cena na memória e voltamos para casa com um espírito infantil e coração renovado, sabedores que a maior lição daquele dia, não foi a gente que transmitiu, mas foi as crianças que nos transmitiram. Conforme canta o poeta, eis a lição: "E você que é gente grande, também pode aprender, que amar é importante pro meu mundo e para o seu, mas eu tenho a esperança de você ser meu amigo, de voltar a ser criança, pra poder brincar comigo." - (Musica Vamos construir). As crianças nos ensinam que é preciso construir pontes que liguem os nossos corações, só assim é possível edificar o Reino dos Céus aqui na terra, pois: “As pessoas são solitárias porque constroem muros ao invés de pontes." - (Livro Pequeno Príncipe.). Que possamos, assim como disse Jesus, nos assemelharmos a elas. Na fé.